A síndrome de Fibromialgia é caracterizada por dor
musculoesquelética difusa e crônica, não inflamatória, de etiologia
desconhecida, que se manifesta no sistema músculo-esquelético, podendo
apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas (CHAITOW, 2002). As pessoas acometidas com essa síndrome
apresentam pontos dolorosos específicos à palpação localizados na zona de
inserção muscular. (RIBEIRO; FUSCO, 2005).
A prática regular de exercícios físicos pode ser adotada como
uma abordagem de otimização no tratamento da fibromialgia, promovendo a redução
na dor e no impacto de outro sintomas restabelecendo a capacidade física,
mantendo a funcionalidade e promovendo uma melhora na qualidade de vida
(MARTINEZ et tal., 1998).
Exercícios Físicos e
Fibromialgia
Com
a inatividade física acarreta um declínio da função neuromuscular, resistência
muscular localizada e cardiorrespiratória, flexibilidade são reduzidas em
qualquer pessoa e no caso do portador da síndrome da fibromialgia ainda é
agravada, pois a redução da atividade física é progressiva, o que por muitas
vezes interfere em atitudes corriqueiras como caminhar subir escada, entre
outras

Para Chaitow (2002), a atividade física deveria ter dois
componentes principais: o alongamento para aumentar a mobilidade das
articulações e o condicionamento aeróbico para aumentar o condicionamento
físico.
Uma vez adquirido o hábito, melhora o condicionamento
muscular e a tendência é diminuir a dor e cortar o ciclo da dor/desncondicionamento/dor. Essa é a razão que a atividade física constitui
parte fundamental no tratamento da fibromialgia, ao lado dos medicamentos. O
exercício bem feito e na medida correta, não deve ocasionar dor.
Goldenberg (2005) expõe outros
benefícios encontrados quando se realiza a atividade física:
- Quebra do ciclo dor/descondicionamento/dor. Lembre-se que o descondicionamento agrava a dor
na fibromialgia e esta limita ainda mais a atividade física;
- Melhora na resistência
física geral e na capacidade cardiovascular em particular. O coração e o pulmão
trabalham de maneira mais eficaz;
- Fortalecimento
da musculatura. Exercícios físicos intensificam o fluxo de sangue para os
músculos, colaborando com a mobilidade de grupos musculares que estão em
contração prolongada e ainda favorecem o alongamento dos tendões. Tudo isso
beneficia o sistema músculo-esquelético;
- Sono de
melhor qualidade. A prática regular estimula a produção do hormônio do
crescimento, que aumenta o sono profundo – justamente o que falta aos
fibromiálgicos. Para isso, devem ser realizados até seis horas antes do horário
de deitar;
- Ossos
mais fortes e resistentes às fraturas;
- Melhora
da coordenação motora para as atividades diárias;
- Auxílio
no controle de peso;
- Redução
da depressão, alívio das instabilidades de humor e melhora da auto-estima. A
pessoa sente que tem mais energia e disposição. Melhor ainda se o treinamento
físico incluir um trabalho específico para fortalecer a musculatura. Durante
anos os exercícios de força foram considerados dispensáveis para portadores de
fibromialgia.
Sabendo disso procure um
profissional, pois o mesmo prescreverá exercícios respeitando sua
individualidade, controlando as variáveis como intensidade, volume, frequência,
assim tornando o exercício físico grande aliando no tratamento da fibromialgia.
Abraços!
ADAMAS, N. & SIM, JULIUS.. “Rehabilitation
Approaches In Fibromyalgia. Disability and Rehabilitation”, June 2005,
27(12): 711-723.
CHAITOW, L. Síndrome da fibromialgia: um guia para o
tratamento. 1ª ed. São Paulo: Editora Manole, 2002.
Comissão
de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de partes moles. Fibromialgia, cartilha para pacientes.
Sociedade Brasileira de Reumatologia, 2011.
GOLDENBERG, E. “O Coração sente,
o corpo dói: como reconhecer e tratar a fibromialgia”. São Paulo: Atheneu,
2005.
MARTINEZ, J. E.,
FILHO, I. S. B. KUBOKAWA, K., PEDREIRA, I. S., MACHADO, L. A. CEVASCO, G. Análise crítica de parâmetro de qualidade
de vida em fibromialgia. Acta Fisiátrica, v. 5, n. 2, p. 116-120, 1998.
RIBEIRO, K. L.,
FUSCO, I. S. Fibromialgia e Atividade
Física. Fitness e Performance Journal, v. 4, n.5, p. 280-287, 2005.
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