McArdle (2003) relata que a obesidade está
relacionada a uma série de co-morbidades, denominada síndrome dos obesos:
intolerância a glicose, resistência à insulina, dislipidemia, diabetes tipo 2,
hipertensão, concentrações plasmáticas elevadas de leptina, tecido adiposo
visceral aumentado, maior risco de doenças cardiovasculares e câncer. Fatores
genéticos, como hereditariedade, poderiam aumentar o ganho de peso em
indivíduos obesos.
De acordo com a Revista Brasileira de Medicina
do Esporte (2004), a obesidade é uma doença universal, crescente mundialmente e
que assume caráter epidemiológico como problema de saúde pública. Essa doença é
caracterizada pela alta ingestão energética provida da alimentação. Porém novos
estudos sugerem que grande parte da obesidade é devido ao baixo gasto
energético o que pode ser ainda mais agravada com o consumo de comida
exagerado. Diante disso a inatividade física é o principal fator etiológico do
crescimento dessa doença.
Como tratamento dessa doença sugere-se que
o consumo energético seja inferior ao gasto energético, isto é, um indivíduo
deve gastar mais energia (caloria) do que consome exercitando-se por exemplo.

Segundo Powers e Howley (2000), a atividade
física constitui a parte mais variável do lado do gasto energético,
representando de 5% a 40% do gasto calórico total diário. A combinação de
exercício físico com restrição calórica representa um meio flexível e efetivo
de conseguir uma redução ponderal. O exercício melhora a mobilização e o
catabolismo de gorduras, acelerando a perda de gordura corporal.
McArdle (2003) considera que homens jovens
com percentual de gordura acima de 20% e mulheres jovens com percentual acima
de 30% são considerados obesos. Porém, a configuração e a distribuição de
tecido adiposo no organismo, altera o risco para a saúde. O maior risco é para
a gordura encontrada na região abdominal, particularmente em depósitos
viscerais internos, pois estimula o risco para doenças cardíacas, e câncer
colorretal. A relação cintura-quadril pode representar um risco aumentando para
a prevalência de doenças cardiovasculares.
Principais
benefícios da atividade física no tratamento da obesidade:
Melhora a condição física, contribuindo para melhorar
os níveis de saúde. A prática da atividade física regular pode reduzir os
índices de morbidade auxiliando no controle de outras patologias associadas
como diabetes e hipertensão.
Melhora o estado psicológico, elevando a autoestima e a
autoconfiança. Promove o aumento da taxa metabólica de repouso.
Como pode ser visto, são inegáveis os benefícios que a
prática de atividade física promove para a melhoria da saúde e do controle de
peso bem como benefícios psicológicos e de bem estar. Sabendo disso escolha uma
modalidade de atividade física que mais lhe agrade, evite ser competitivo,
melhore seu desempenho sem se comparar com outra pessoa e lembre-se que
atividade física deve continuar por toda vida.
Abraços.
MCARDLE, W, D; KATCH, F, I;
KATCH, V, L. Fisiologia do Exercício :
Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003.
POWERS, S, K ; HOWLEY, E, T. Fisiologia
do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento Físico e ao Desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2000.
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