segunda-feira, 15 de julho de 2013

Controle a Diabetes com Exercícios Físicos

O diabetes é uma síndrome metabólica que caracteriza-se por um excesso de glicose no sangue (hiperglicemia) devido a falta ou ineficácia da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas (HALPERN, 1984).
Segundo COELHO (1992), durante o exercício físico, a entrada de glicose nos músculos esqueléticos aumenta, diminuindo assim a glicemia em organismo diabéticos, fato este que favorece uma melhora no seu estado.
ANDERSEN (1981) diz que, durante o trabalho muscular, o consumo de glicose aumenta muito. Os dois hormônios pancreáticos (insulina e glucagon) intervém na regulação do fornecimento de energia aos músculos que estão trabalhando. A insulina acelera a entrada da glicose no interior das células e assim produz uma diminuição do nível de glicose na corrente sanguínea. No entanto o glucagon acelera o desdobramento do glicogênio do fígado em glicose, e consequentemente aumenta a glicose sanguínea. Durante o trabalho muscular, o nível de insulina diminui, mas aumenta o de glucagon.
Tipos de Diabetes Mellitus
Segundo Forbes e Jackson (1998), podemos classificar o diabetes mellitus em 4 níveis:
a) A Tolerância prejudicada à glicose sem diabetes (TPG) é muitas vezes classificada como diabetes químico, fronteiriço (borderline) ou latente. Ela é manifestada com a observação de uma concentração de glicose plasmática venosa em jejum abaixo de 140 mg/dl e uma amostra após duas horas, de um teste de tolerância à glicose, com concentrações entre 140 mg/dl e 200 mg/dl. Anualmente, cerca de 2-4% destes pacientes desenvolvem diabetes.
b) O diabetes mellitus (primário), que se classifica em dois termos Diabetes mellitus insulino-dependente (DMID ou tipo 1) e Diabetes mellitus não insulino-dependente (DMNID ou tipo 2), que serão explicados com maior clareza adiante.
c) Diabetes mellitus relacionado com a má nutrição (DMRMN), onde a Organização Mundial de Saúde reconheceu o DMRMN com dois subtipos – diabetes pancreático fibrocálcico (DPFC) e diabetes pancreático deficiente em proteína (DPDP). O DMRMN tem uma alta prevalência em países tropicais em desenvolvimento, onde se manifesta com sintomas graves, porém sem cetose em pessoas jovens. Calcificação pancreática é comum no tipo diabetes pancreático fibrocálcico.
d) Diabetes mellitus secundário, que pode estar relacionado a outras doenças endócrinas, hereditárias, pancreáticas e terapia medicamentosa.
Todo mundo sabe os benefícios conseguidos através da prática de atividade física regular a saúde. A prática de exercício físico melhora as medidas fisiológicas (que decorrem de um estilo de vida fisicamente ativo) tais como redução de triglicérides e do colesterol LDL, aumento do colesterol LDL, diminuição da frequência cardíaca de repouso e em atividade redução da pressão arterial entre outras.
Ao elaborar um programa de exercícios físicos para portadores de diabetes mellitus é necessário saber que tal programa deve ser individualizado e requer alguns cuidados especiais como monitoração da glicose sanguínea antes, durante e após o exercício, para evitar riscos de hipoglicemia e hiperglicemia, evitar o exercício se as concentrações de glicose em jejum estiver acima de 250mg/dl, o que caracteriza a hiperglicemia, ingerir carboidrato adicional se a concentração de glicose for menor que 100mg/dl, além de consumir carboidrato de fácil absorção durante e depois da atividade, evitando assim o risco de hipoglicemia. Além disso, deve-se evitar exercitar os músculos que receberam a aplicação da insulina por aproximadamente uma hora, também não deve ser realizado o exercício no pico de ação da insulina (ACSM, 1998).
   Os portadores de diabetes mellitus devem ser orientados a executar os levantamentos de peso devagar, para que possam controlar totalmente o movimento até a extensão, evitando com isso a manobra de Valsava realizada quando o indivíduo prende a respiração para obter maior estabilidade no movimento, ficando susceptível a problemas cardiovasculares. Evitar também movimentos bruscos de cabeça e pescoço em indivíduos com retinopatias não tratadas ou recém-tratadas (Neto, 2000).
         Conclui-se que a prática regular de exercícios físicos é um santo remédio: aumenta a sensibilidade à insulina, melhora a absorção de glicose e ainda previne complicações, devendo fornecer à pessoa diabética a oportunidade de levar uma vida dentro dos padrões da normalidade.
Procure sempre um profissional, abraços.

American College of Sport Medicine. Guide-line for Exercise Testing and Prescription. 6ª ed. Baltimore: Lippincott Willians e Wilkins, 1998.
ANDERSEN, K. L. Exercícios e Hormônio. In Enciclopédia Salvat da Saúde, vol.2, Exercício Físico e Saúde (p 48-51). Rio de Janeiro: Salvat  Editora do Brasil Ltda, 1981.
COELHO, L. F. Efeitos da atividade física sobre a indução do diabetes experimental. Monografia de graduação. Universidade Estadual Paulista UNESP, Rio Claro, São Paulo, 1992.
Forbes, D.C.; Jackson, F.W. Atlas colorido e texto de clínica médica. 2ª ed. São Paulo: Manole, 1998.
HALPERN, A Como diagnosticar e tratar diabetes mellitus. Revista Brasileira de Medicina, v.41n.6, p217-225, 1984. 


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