Marin et tal.(2003), referem-se ao envelhecimento como um processo pelo qual todos os indivíduos e organismos passam e é caracterizado pela diminuição gradual das capacidades dos vários sistemas orgânicos em conseguir realizar suas funções de maneira eficaz.
Os idosos tem a tendência a desenvolver vários déficits dos
sistemas, levando-os a apresentar dificuldades funcionais variadas devido ao
aparecimento de várias comorbidades como: infarto agudo do miocárdio,
hipertensão arterial, distúrbios da marcha, quedas, ansiedade, depressão,
tonturas, vertigem, alteração do equilíbrio corporal, entre outros.
Nesta etapa do ciclo da vida, um dos primeiros sintomas a ser
notado é a perda da força muscular, que tanto para os homens como para as
mulheres é geralmente alcançada dos 20 aos 30 anos, a partir daí começa a
diminuir lentamente e, após a meia idade, evolui mais rapidamente. Têm-se
demonstrado que a perda de força entre os idosos está diretamente relacionada
com sua mobilidade e desempenho físico, assim os aumentos na incidência de
acidentes sofridos por aqueles com fraqueza muscular e equilíbrio precário
(ZAGO et tal, 2000).
Por isso que atividade física realizada regularmente, é uma das principais
bases para a manutenção da saúde, em qualquer idade. Se tornando ainda mais
importante para os idosos porque trás benefícios nos aspetos fisiológicos,
sociais e psicológicos. A musculação por exemplo auxilia na manutenção da força
óssea, atuando como medida preventiva contra osteoporose, além de aumentar a
massa muscular quanto à atividade do tecido, que não passa a produzir um padrão
metabólico acelerado e assim ocorrendo um maior gasto calórico levando e uma diminuição
do excesso de gordura. A prática regular do treinamento resistido proporciona
benefícios fisiológicos e funcionais do organismo, entre eles: diminuição da
frequência cardíaca de repouso, melhora a relação do colesterol HDL/LDL,
promove o aumento da força muscular, coordenação motora, flexibilidade,
velocidade e equilíbrio.
As quedas podem representar graves problemas
aos idosos, sendo que os ossos fraturados nessa idade não se unem mais com a
mesma velocidade, ocasionando um longo período de imobilização o que ocasiona
perda da mobilidade e atrofia muscular acentuada.
A resposta fisiológica mais básica ao treinamento de força,
principalmente para uma pessoa idosa, é um aumento na força muscular;
beneficiando assim as atividades da vida diária, além de manter e melhorar a
capacidade aeróbica (FRONTERA et al. 2001).
A prática da musculação com treinamento de força ajustadas com as
capacidades individuais de cada indivíduo é benéfica para a população idosa,
contribuindo com a qualidade de vida, independência funcional, melhoras da
força, flexibilidade, equilíbrio e agilidade que são importantes para a vida
diária desses sujeitos.
Atualmente é observado que indivíduos idosos
estão vivendo de uma forma mais autônoma, independente e psicofisiologicamente
mais saudáveis, sendo um dos fatores responsáveis por isto o exercício físico,
que minimiza o aparecimento de doenças secundárias associadas a velhice,
aumentando as chances de realizar as atividades de vida diária com mais
eficácia.
O exercício físico não dá mais anos de vida, mas fornece mais vida aos seus anos!
“Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz de
aprender, adquirir novos hábitos, e tolerar contradições.”
Marie Von
Ebner-Eschenbach
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