Normalmente quando pensamos
em gastar calorias, imaginamos logo ficar um longo tempo na esteira ou
bicicleta, com a ideia de que quanto mais tempo durar o exercício, maior será o
gasto calórico.
O importante no treinamento não é apenas a resistência, mas
sobretudo a construção de massa muscular. O treino intervalado de alta
intensidade, também chamado de HIIT (High Intensity Interval Training) garante,
tal como o nome indica uma atividade física muito intensa. Pesquisas mostram
que um treino intervalado de alta intensidade é um método para perder gordura e
construir massa muscular, mesmo com frequência cardíaca elevada.
O HIIT, nada mais é do que estímulos em intensidade forte a
muito forte com recuperação curta, gerando um déficit na demanda de oxigênio para
o nosso sistema aeróbio. Esse déficit de oxigênio durante o HIIT, resulta em um
metabolismo acelerado que dura horas mesmo após o término da atividade, que é
chamado de EPOC, sigla para “excess post exercise oxygen consumption” em inglês,
ou na tradução livre o consumo excessivo de oxigênio após o exercício. O HIIT
pode ser feito em qualquer atividade, seja na esteira correndo, na bike, no
elíptico ou até mesmo com movimentos de saltos por exemplo.
Devido ao elevado esforço, o organismo,
vai necessitar gastar mais energia na recuperação muscular.
Ao contrário do cardio normal (exercícios
aeróbios) os intervalos nos treinos HIIT são mais curtos, porém, pode ser comprovado
que a queima de gordura e o aumento da resistência é melhorado. A duração dos
blocos de exercícios é cerca de 1-2 minutos para principiantes e pode ir até vários
minutos para os mais avançados.
Se você nunca ouviu falar sobre um
treino intervalado de alta intensidade, irei comentar 10 benefícios, ou
adaptações fisiológicas que seu corpo sofre quando você faz esse tipo de
treinamento.
1.FACILITA A QUEIMA DE GORDURA ABDOMINAL
2.AUMENTO DA CAPACIDADE DE OXIDAÇÃO DE GORDURA
3.CORAÇÃO MAIS SAUDÁVEL
4.MELHORA O VO2MÁX
5.PRODUZ O EFEITO AFTERBURN
6.MELHORA A SENSIBILIDADE A INSULINA
7.AUMENTA A PRODUÇÃO DE MITOCÔNDRIAS
8.PROMOVE UM ESTÍMULO HORMONAL FAVORÁVEL
9.QUEIMA MAIS GORDURA COMPARADO AO TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA
10.PERCA PESO, NÃO MÚSCULOS
Não existe
uma fórmula que se aplique a qualquer pessoa, todos os tipos de treinamentos
físicos têm um objetivo, um foco, e você de optar por qual se encaixa mais seus
objetivos.
Abraços!
Referências:
Fernandez, Ana Claúdia, et.al.
Influência do treinamento aeróbio e anaeróbio na massa de gordura corporal de
adolescentes obesos. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 10, Nº 3 – Mai/Jun, 2004;
Paoli, A., et al. High-Intensity
Interval Resistance Training Influences Resting Energy Expenditure and
Respiratory Ratio in Non-Dieting Individuals. Journal of Translational
Medicine. 2012. 10(1), 237;
Tremblay, A., Simoneau, J., et al.
Impact of Exercise Intensity on Body Fatness and Skeletal Muscle Metabolism.
Metabolism. 1994. 43(7), 814-818.
Cada
momento do dia requer um cuidado específico. Saiba como identificar qual
combina mais com você.
Em qualquer
horário durante a atividade física o corpo libera endorfina, neuro - hormônio
produzido pelo próprio organismo na glândula hipófise que traz sensação de bem -
estar e tranquilidade. Isso ajuda a combater a rotina de estresse diária.
Muitas pessoas
não abrem a mão de um treino na academia depois do trabalho, algumas pessoas
acreditam que treinar logo pela manhã pode deixar seu dia mais prazeroso. Será que há diferença entre treinar de manhã,
à tarde ou à noite?
Isso depende
de como seu organismo funciona, mas cada horário traz vantagens e desvantagens
com as quais é preciso saber lidar para obter melhores resultados nos treinos e
também não prejudicar sua saúde.
Há quem
goste de levantar cedo e dar aquela corrida na praia, outras preferem o período
da tarde, quando a academia está mais vazia e tem gente que prefere se
exercitar depois do pôr do sol. Mas que pouca gente sabe é que alguns fatores
como sono, alimentação, estresse diário e o próprio fator biológico interfere
no rendimento da atividade física.
Reunirei
aqui os prós e contras de cada horário para te ajudar a encontrar o período do
dia que melhor se encaixa no seu perfil.
Manhã
Prós:
-Por
acelerar o organismo logo de dia, a disposição para enfrentar as tarefas
diárias é maior;
-A
temperatura ambiente é amena e agradável;
-Corpo
e a mente estão mais relaxados.
Contras:
-O
corpo não está nutrido e hidratado o suficiente;
-Caso
a pessoa não tenha uma boa noite de sono ou se tiver dormido tarde o ritmo da
atividade tem que ser leve.
Tarde
Prós:
-A
temperatura corporal é mais alta, o que melhora o crescimento dos músculos;
-Elimina
as tensões da manhã;
-Pessoas
que treinam no final da tarde têm mais força para realizar os exercícios.
Contras:
-Temperaturas
altas e sol forte;
-A
umidade do ar é baixa;
-Jamais
corra após o almoço para não ter indigestão;
Noite
Prós:
-A
temperatura é mais agradável e amena;
-Descarrega
o estresse do dia;
-Caso
seja uma pessoa agitada, o exercício pode proporcionar uma boa noite de sono.
Contras:
-O
ar tem uma grande quantidade de gás carbônico;
-Corra
três horas antes de ir para a cama. O exercício libera adrenalina, hormônio da
euforia. Mesmo assim, há pessoas que consiga sair da academia tomar banho e
dormir tranquilo. Mas se você prefere não correr o risco de ficar acordado até
o meio da madrugada, melhor reservar de duas a três horas para o corpo
desacelerar.
Independendo do horário em que
você praticar suas atividades, é necessária uma alimentação controlada e
balanceada, tendo como ideal uma hora em média antes do treino. Mas se você for
treinar logo pela manhã evite alimentos pesados.
Logos após o treino
para que o organismo se recupere alimentos baseados em proteínas e carboidratos
são fundamentais, a proteína ajuda na recuperação muscular e os carboidratos
como fonte de energia e é fundamental se manter hidratado independente do
horário em que você treinar.
Faça seu comentário, quem sabe sua
experiência pode ajudar os próximos leitores.
Fazer
bulking para ganhar massa muscular e cutting para reduzir gordura é o núcleo de
qualquer programa de musculação. Todo fisiculturista está em fase de bulking ou
cutting ou até mesmo já se deparou com alguém na academia falando isso. Conheça
um pouco mais sobre cada termo.
Bulking é o quando o
objetivo primário é construir músculos, ganhar peso, aumentar a força ou todas
as anteriores. Aqui o ganho de gordura corpórea e inevitável, mas deve ser
mantido o menor possível em torno de 10% a 18%. A dieta é hipercalórica, os aeróbios
são moderados e devemos ter em mente que os treinos são o mais simples possível
e, claro, pouco volumoso. É primordial que nessa fase se insiram alimentos que
você gosta para não sofrer demais com a falta dele na fase de redução do
percentual de gordura.
Existem
dois tipos de bulking: o limpo e o sujo. O bulking limpo é aquele que visa o
ganho apenas de massa magra e para isso existem dois caminhos: com o uso de esteroides
anabólicos ou sem, utilizando apenas suplementos de whey protein, BCAA, hipercalóricos,
dextrose e carboidratos, tornando a dieta hipercalórica limpa. Por ser uma
forma de ganhar peso que leva um tempo maior, muitas vezes atletas preferem
recorrer ao bulking sujo.
No bulking
sujo o atleta visa o ganho rápido de peso. A dieta é menos regrada e se come
muito mais calorias do que o necessário. Não se importam se estão ganhando músculos
ou gordura, apenas se preocupam em ganhar peso. Porém você irá pagar um preço
alto por sua pressa: seus níveis de gordura vão aumentar, e sua definição vai para
o ralo. Do que adianta ficar maior, porém sem qualidade nenhuma? Já que
adotamos a musculação como estilo de vida, vamos fazer as coisas certas!
Lembro que
o objetivo do bulking é aumentar os níveis de massa muscular, ganhando o mínimo
de gordura possível. Lógico que você deve aceitar que perderá um pouco de definição
muscular, porém é diferente de chutar o balde e fazer as coisas de qualquer
jeito.
Cutting é um período quando
o objetivo primário é perder gordura, peso, ganhar peso magro, ou todas as
anteriores. As calorias são diminuídas e ou o gasto calórico é aumentado. A dieta
é hipocalórica, os aeróbios ficam um pouco mais presentes e o treino pode
aumentar um pouco de volume.
Não adianta
entrar em uma dieta de cutting quando se possui pouca massa muscular, apenas
para eliminar aquela gordura localizada. Isso fará com que seu metabolismo
fique ainda mais lento e acabe consumindo massa muscular magra.
Para
aqueles que estão acima do peso, é recomendado que de faça um período de
cutting objetivando a perda do acúmulo de gordura antes de dar início ao
bulking. Lá pra frente conseguirão perder o resto das gorduras e manter a massa
muscular que ganharem. Já para os que estão abaixo do peso, o bulking pode ser
iniciado. Caso seja obervado um acúmulo de gordura, não se deve interromper
tentando perder a gordura. É necessário manter o foco nos ganhos para depois se
preocupar com a queima do excesso.
Se seu objetivo é construir músculos, faça isso de maneira
otimizada enquanto simultaneamente mantenha p ganho de gordura mínimo. Se seu
objetivo é perder gordura faça o cut de maneira que você perca gordura mantendo
toda sua musculatura.
Para tanto, jamais desconsidere o apoio de profissionais devidamente
qualificados.
Quando se fala em doping no desporto em geral, e na musculação em
particular, os esteroides anabolizantes são os mais referidos. No entanto, são
poucos os que conhecem verdadeiramente estas drogas, os efeitos positivos e
negativos. Assim irei apresentar alguns aspectos sobre os esteroides
anabolizantes, lembro que o meu intuito não é discutir o uso “correto” até
porque é complicado falar sobre esse assunto. Por mais que se faça
acompanhamento médico e “doses diárias seguras”, não há como saber quem desenvolverá efeito colateral e quem não vai.
Os esteroides anabolizantes androgênicos (EAA) são geralmente utilizados
por atletas e vêm, crescentemente, sendo encontrados junto de jovens e adultos,
em razão de seu uso indiscriminado, pelo fato de prometerem ganhos rápidos e
sem muito esforço, além de propiciarem níveis de recuperação muito mais altos
do que o normal. Porém, esses indivíduos esquecem os efeitos colaterais e as
alterações fisiológicas que, em muitos casos, são deletérios1.
A utilização e o consumo dos EAA, em grande parte, obtiveram
proeminência no início da década de 1950 com finalidades médicas, e o seu
desenvolvimento sintético permitiu a alteração da composição química natural
desses hormônios para reduzir as propriedades androgênicas e aumentar seus
efeitos anabólicos na musculatura2.
Os esteroides anabolizantes, de uma forma
simples, são uma droga composta por material sintético idêntico à
testosterona (hormona natural produzida nos testículos e em menores quantidades
nas glândulas supra-renais). A hormona testosterona tem dois
efeitos naturais no organismo. Em primeiro, é ela que promove o aparecimento e
desenvolvimento das características sexuais masculinas. Em segundo, terá também
um efeito anabólico, promovendo o desenvolvimento da massa muscular e a sua
recuperação, o controle da massa gorda e ainda, a força e a velocidade.
Esteroides anabolizantes têm como efeitos benéficos os seguintes:
- permitem ao corpo utilizar de forma mais eficaz as proteínas, o que
irá ajudar a que o desportista treine com maior intensidade, sem que perca
massa muscular.
- permitem ao organismo ter maior facilidade em
desenvolver a sua massa muscular, a sua forma e a sua resistência.
- têm um efeito anti-inflamatório, o que ajuda a sarar feridas, ou a
prevenir lesões.
Efeitos colaterais dos esteroides
anabolizantes:
Eritrocitose é uma patologia na
qual existe um número anormalmente elevado de glóbulos vermelhos ou
eritrócitos, na circulação sanguínea devido ao aumento da sua produção.
Todas as pessoas cujos níveis de testosterona
são elevados devido ao uso deesteroides anabolizantes (esteroides androgênicos anabólicos),
incluindo atletas que abusam de anabolizantes, pessoas que fazem terapia de
reposição de testosterona para tratamento dohipogonadismo primário e secundário, bem como pessoas que tomam eritropoietina(EPO) podem
desenvolver esta condição.
Ginecomastia, aumento do
tamanho da mama masculina. Porquê? Uma percentagem da
testosterona produzida naturalmente pelo nosso organismo é
transformada numa hormona feminina chamada estradiol (hormônio sexual
produzido pelos folículos ovarianos). Ora, se um homem tiver maiores
quantidades de testosterona no seu organismo, logo irá ter também mais
estradiol, o que irá promover o crescimento dos seios. No entanto, a
ginecomastia apenas ocorre com a toma de alguns esteroides, pois nem todos os
substitutos da testosterona irão transformar-se em estradiol.
Os esteroides androgênicos
anabólicos (EAA) podem causar atrofia nos testículos, reduzindo a quantidade de
hormônio luteinizante (LH), produzido pela glândula
pituitária. Ou seja, a toma prolongada destas
drogas pode promover a redução da produção de testosterona, e por
consequência, de espermatozoides.
Alguns esteroides causar um aumento no LDL – colesterol “mau” e uma
diminuição no HDL – colesterol “bom”.
Outros
Efeitos Secundários:
Dores de Cabeça, Calvície, Hipertrofia da próstata; Câncer
de próstata; Interrupção do processo de crescimento; Insônias; Aumento do risco
de infecção por herpes ocular, Hepatites tóxicas, Acne.
Os esteroides anabolizantes mais conhecidos são: Nandrolona (Deca
Durabolin), dehidroepiandrosterona (DHEA), estanozolol (Winstrol), Oximetolona
(Anadrol-50), dihidrotestosterona (DHT). androstenediona (Andro), Oxandrolona
(Anavar) e a metiltestosterona.
Lembro que essa postagem é apenas um alerta sobre
os riscos da utilização dos EAA, sendo que pesquisas científicas melhores formuladas informam os indivíduos sobre o uso dos EAA.
Abraços.
1. Almeida
FE. Esteroides anabolizantes: benefícios ou malefícios? Rev Bras
Fisiol Exerc 2010 abr/jun; 9(2):130-33.
2. McArdle
WD, Katch FI, Katch VL. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e
desempenho humano. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
Já ouviu a
palavra TRX em algum lugar, ainda não sabe o certo o que é... calma vou
explicar o que é e as vantagens desse tipo de treinamento.
Sobre a origem do TRX
O
TRX nasceu das necessidades dos SEAL – Força de Operações Especiais da Marinha
Norte Americana – de terem um complemento nos treinos para manter a forma
física quando estavam nos barcos, podendo assim optimizar os treinos mantendo
uma condição física de excelência.
Esse
tipo de treinamento permite exercitar vários músculos ao mesmo tempo onde
baseia-se no treino de força, solicitando as principais estruturas musculares
“core” promovendo a estabilização em todos os exercícios. Esse é o TRX, sigla
que significa treinamento em suspensão e que faz uso do peso corporal
permitindo centenas de exercícios funcionais.
O treino com TRX desenvolve força,
agilidade, resistência, flexibilidade e equilíbrio independente do
nível de condicionamento físico e habilidade da pessoa proporcionado um treino
seguro, eficaz e divertido. Podendo também ser utilizado para a reabilitação ou
para o treinamento de atletas, tendo uma série de benefícios, versatilidade
ilimitada e optimiza o tempo de treino.
O treinamento em suspensão é praticado
com o auxilio de uma simples faixa de náilon resistente em formato de Y com
alças para os pés e mãos com regulagem de altura. A ponta simples é presa a uma
parede ou algum objeto fixo, e nas outras duas pontas existem manoplas, onde
são apoiados os pés ou mãos durante o exercício.
Dentre os benefícios do
exercício será destacado:
üMelhoria da postura;
üMelhoria do equilíbrio muscular;
üMelhora da performance atlética;
üDiminuição da incidência de lesão;
üTem efeito positivo na saúde da
coluna vertebral;
üMelhora do equilíbrio dinâmico e
estático.
Sua dinâmica lúdica
permite milhares de movimentos e conforme o praticante for evoluindo basta
realizar mudanças na posição do corpo que a intensidade também aumenta!
Apesar de ser simples, fácil de
comprar, e da facilidade de se encontrar vários vídeos ensinando a execução dos exercícios, o
acompanhamento de um profissional da área é sempre importante para orientar e
corrigir pequenos erros posturais, que podem causar grandes danos.
O diabetes é
uma síndrome metabólica que caracteriza-se por um excesso de glicose no sangue
(hiperglicemia) devido a falta ou ineficácia da insulina, hormônio produzido
pelo pâncreas (HALPERN, 1984).
Segundo COELHO (1992), durante o
exercício físico, a entrada de glicose nos músculos esqueléticos aumenta,
diminuindo assim a glicemia em organismo diabéticos, fato este que favorece uma
melhora no seu estado.
ANDERSEN (1981) diz que, durante o trabalho muscular, o
consumo de glicose aumenta muito. Os dois hormônios pancreáticos (insulina e
glucagon) intervém na regulação do fornecimento de energia aos músculos que
estão trabalhando. A insulina acelera a entrada da glicose no interior das
células e assim produz uma diminuição do nível de glicose na corrente sanguínea.
No entanto o glucagon acelera o desdobramento do glicogênio do fígado em
glicose, e consequentemente aumenta a glicose sanguínea. Durante o trabalho
muscular, o nível de insulina diminui, mas aumenta o de glucagon.
Tipos de Diabetes Mellitus
Segundo
Forbes e Jackson (1998), podemos classificar o diabetes mellitus em 4 níveis:
a) A
Tolerância prejudicada à glicose sem diabetes (TPG) é muitas vezes classificada
como diabetes químico, fronteiriço (borderline) ou latente. Ela é manifestada
com a observação de uma concentração de glicose plasmática venosa em jejum
abaixo de 140 mg/dl e uma amostra após duas horas, de um teste de tolerância à
glicose, com concentrações entre 140 mg/dl e 200 mg/dl. Anualmente, cerca de
2-4% destes pacientes desenvolvem diabetes.
b) O
diabetes mellitus (primário), que se classifica em dois termos Diabetes
mellitus insulino-dependente (DMID ou tipo 1) e Diabetes mellitus não
insulino-dependente (DMNID ou tipo 2), que serão explicados com maior clareza
adiante.
c) Diabetes
mellitus relacionado com a má nutrição (DMRMN), onde a Organização Mundial de
Saúde reconheceu o DMRMN com dois subtipos – diabetes pancreático fibrocálcico
(DPFC) e diabetes pancreático deficiente em proteína (DPDP). O DMRMN tem uma
alta prevalência em países tropicais em desenvolvimento, onde se manifesta com
sintomas graves, porém sem cetose em pessoas jovens. Calcificação pancreática é
comum no tipo diabetes pancreático fibrocálcico.
d) Diabetes
mellitus secundário, que pode estar relacionado a outras doenças endócrinas,
hereditárias, pancreáticas e terapia medicamentosa.
Todo mundo sabe os benefícios conseguidos através da prática
de atividade física regular a saúde. A prática de exercício físico melhora as
medidas fisiológicas (que decorrem de um estilo de vida fisicamente ativo) tais
como redução de triglicérides e do colesterol LDL, aumento do colesterol LDL,
diminuição da frequência cardíaca de repouso e em atividade redução da pressão
arterial entre outras.
Ao elaborar um programa de exercícios físicos para portadores
de diabetes mellitus é necessário saber que tal programa deve ser
individualizado e requer alguns cuidados especiais como monitoração da glicose
sanguínea antes, durante e após o exercício, para evitar riscos de hipoglicemia
e hiperglicemia, evitar o exercício se as concentrações de glicose em jejum
estiver acima de 250mg/dl, o que caracteriza a hiperglicemia, ingerir
carboidrato adicional se a concentração de glicose for menor que 100mg/dl, além
de consumir carboidrato de fácil absorção durante e depois da atividade,
evitando assim o risco de hipoglicemia. Além disso, deve-se evitar exercitar os
músculos que receberam a aplicação da insulina por aproximadamente uma hora,
também não deve ser realizado o exercício no pico de ação da insulina (ACSM,
1998).
Os portadores de diabetes mellitus
devem ser orientados a executar os levantamentos de peso devagar, para que
possam controlar totalmente o movimento até a extensão, evitando com isso a
manobra de Valsava realizada quando o indivíduo prende a respiração para obter
maior estabilidade no movimento, ficando susceptível a problemas
cardiovasculares. Evitar também movimentos bruscos de cabeça e pescoço em
indivíduos com retinopatias não tratadas ou recém-tratadas (Neto, 2000).
Conclui-se que a prática regular de exercícios físicos é um santo remédio: aumenta a
sensibilidade à insulina, melhora a absorção de glicose e ainda previne
complicações, devendo fornecer à pessoa diabética a oportunidade de levar uma
vida dentro dos padrões da normalidade.
Procure
sempre um profissional, abraços.
American
College of Sport Medicine. Guide-line
for Exercise Testing and Prescription. 6ª ed. Baltimore: Lippincott
Willians e Wilkins, 1998.
ANDERSEN, K.
L. Exercícios e Hormônio. In Enciclopédia
Salvat da Saúde, vol.2, Exercício Físico e Saúde (p 48-51). Rio de Janeiro:
Salvat Editora do Brasil Ltda, 1981.
COELHO, L. F.
Efeitos da atividade física sobre a
indução do diabetes experimental. Monografia de graduação. Universidade
Estadual Paulista UNESP, Rio Claro, São Paulo, 1992.
Forbes, D.C.;
Jackson, F.W. Atlas colorido e texto de clínica médica. 2ª ed. São Paulo:
Manole, 1998.
HALPERN, A
Como diagnosticar e tratar diabetes mellitus. Revista Brasileira de Medicina, v.41n.6, p217-225, 1984.
McArdle (2003) relata que a obesidade está
relacionada a uma série de co-morbidades, denominada síndrome dos obesos:
intolerância a glicose, resistência à insulina, dislipidemia, diabetes tipo 2,
hipertensão, concentrações plasmáticas elevadas de leptina, tecido adiposo
visceral aumentado, maior risco de doenças cardiovasculares e câncer. Fatores
genéticos, como hereditariedade, poderiam aumentar o ganho de peso em
indivíduos obesos.
De acordo com a Revista Brasileira de Medicina
do Esporte (2004), a obesidade é uma doença universal, crescente mundialmente e
que assume caráter epidemiológico como problema de saúde pública. Essa doença é
caracterizada pela alta ingestão energética provida da alimentação. Porém novos
estudos sugerem que grande parte da obesidade é devido ao baixo gasto
energético o que pode ser ainda mais agravada com o consumo de comida
exagerado. Diante disso a inatividade física é o principal fator etiológico do
crescimento dessa doença.
Como tratamento dessa doença sugere-se que
o consumo energético seja inferior ao gasto energético, isto é, um indivíduo
deve gastar mais energia (caloria) do que consome exercitando-se por exemplo.
Então, a
atividade física atua na perda e manutenção de peso em razão de diversos
mecanismos. Períodos de restrição calórica associados à inatividade física
reduzem a taxa metabólica de repouso (em razão de reduzir a massa muscular e a
ação do sistema nervoso simpático) e o efeito térmico da comida. Assim, a
atividade física é essencial para manter a perda de peso durante a dieta porque
alterações fisiológicas advindas do exercício físico conduzem ao aumento do
gasto diário de energia, aumento da taxa metabólica de repouso, aumento da
massa muscular, aumento do efeito térmico de uma refeição, elevação do consumo
de oxigênio, redução do apetite e otimização no controle dos fluxos do
substrato de energia. Além de estimular a degradação de triglicérides, o
exercício físico também reduz a sua formação, levando à diminuição da quantidade
de células adiposas.
Segundo Powers e Howley (2000), a atividade
física constitui a parte mais variável do lado do gasto energético,
representando de 5% a 40% do gasto calórico total diário. A combinação de
exercício físico com restrição calórica representa um meio flexível e efetivo
de conseguir uma redução ponderal. O exercício melhora a mobilização e o
catabolismo de gorduras, acelerando a perda de gordura corporal.
McArdle (2003) considera que homens jovens
com percentual de gordura acima de 20% e mulheres jovens com percentual acima
de 30% são considerados obesos. Porém, a configuração e a distribuição de
tecido adiposo no organismo, altera o risco para a saúde. O maior risco é para
a gordura encontrada na região abdominal, particularmente em depósitos
viscerais internos, pois estimula o risco para doenças cardíacas, e câncer
colorretal. A relação cintura-quadril pode representar um risco aumentando para
a prevalência de doenças cardiovasculares.
Principais
benefícios da atividade física no tratamento da obesidade:
Melhora a condição física, contribuindo para melhorar
os níveis de saúde. A prática da atividade física regular pode reduzir os
índices de morbidade auxiliando no controle de outras patologias associadas
como diabetes e hipertensão.
Melhora o estado psicológico, elevando a autoestima e a
autoconfiança. Promove o aumento da taxa metabólica de repouso.
Como pode ser visto, são inegáveis os benefícios que a
prática de atividade física promove para a melhoria da saúde e do controle de
peso bem como benefícios psicológicos e de bem estar. Sabendo disso escolha uma
modalidade de atividade física que mais lhe agrade, evite ser competitivo,
melhore seu desempenho sem se comparar com outra pessoa e lembre-se que
atividade física deve continuar por toda vida.
Abraços.
MCARDLE, W, D; KATCH, F, I;
KATCH, V, L.Fisiologia do Exercício :
Energia, Nutrição e Desempenho Humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003.
POWERS, S, K ; HOWLEY, E, T.Fisiologia
do Exercício: Teoria e Aplicação ao Condicionamento Físico e ao Desempenho.3. ed. São Paulo: Manole, 2000.